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terça-feira, 26 de setembro de 2017

"Parque de Diversões" ganha mais um prêmio

Depois de levar o Prêmio Açorianos de Teatro 2016 de Melhor Dramaturgia, em dezembro passado, Parque de Diversões acaba de receber mais um troféu: desta vez o de Melhor Ator para Marcos Contreras no Prêmio Braskem Em Cena 2017, mostra oficial do Porto Alegre Em Cena - Festival Internacional de Artes Cênicas que reúne anualmente 10 espetáculos do RS escolhidos pelo júri.  


Marcos Contreras (que além de coautor é codiretor e protagonista da peça) já havia sido indicado no ano passado ao Prêmio Açorianos de Teatro na mesma categoria de Melhor Ator. Com o reconhecimento do último domingo (24/09), ele se junta à lista de atores que angariaram prêmios de interpretação por atuações em peças de minha autoria, tais como Vanise Carneiro (vencedora do Prêmio Açorianos de Melhor Atriz 2010 por outro monólogo, o 9 Mentiras Sobre a Verdade), Denis Gosh (vencedor do Prêmio Braskem Em Cena 2011 pela trilogia Hotel Fuck - Num Dia Quente a Maionese Pode Te Matar) e Gabriela Greco (vencedora do Prêmio Açorianos de Melhor Atriz Coadjuvante 2012, por Os Plagiários - Uma Adulteração Ficcional Sobre Nelson Rodrigues). 

Crédito da foto: Regina Peduzzi Protskof

Outra boa notícia compartilhada conosco após a premiação foi a de que  segundo fontes oficiais do próprio Porto Alegre Em Cena e do Prêmio Braskem Em Cena  Parque de Diversões chegou muito perto de levar o Prêmio de Melhor Espetáculo pelo Júri Popular, tendo recebido a segunda melhor nota do público do festival, ficando logo atrás do grande vencedor da categoria, Iluminus, espetáculo de dança da New School Dreams.

Nós, da esquipe de Parque de Diversões, esperamos que em breve o público tenha outras oportunidades para conferir este trabalho que nós gostamos tanto de fazer e ao qual nos dedicamos desde 2008, bem como assistir à performance brilhante de Marcos Contreras. 

Obrigado, Contreras, pela parceria e por fazer do nosso Parque o "tour de force" que ele é!  


domingo, 24 de setembro de 2017

Crítica "Parque de Diversões" por Renato Mendonça

Montanha-russa de emoções 

Renato Mendonça (RS), de Porto Alegre, 19/09/2017* 

Solo de Marcos Contreras concorre ao Braskem Em Cena discutindo solidão e suicídio

Marcos Contreras interpreta um anti-herói atormentado pelo som de 
uma roda-gigante. Crédito das fotos: Regina Peduzzi Protskof

Parque de Diversões tem muito de stand-up: um ator à frente de um microfone, discursando sobre sua vida, calibrando o discurso a partir das reações da plateia. Mas Parque de Diversões não tem nada de stand-up comedy. O monólogo estrelado por Marcos Contreras, escrito e dirigido por ele e por Diones Camargo, é muito mais um stand-up tragedy, viagem numa montanha-russa de emoções turbinada por barbitúricos e com final infeliz. 

O protagonista vive uma situação limite. Insone e descornado, há 34 dias segue em vigília desde que um parque de diversões instalou-se ao lado de sua casa. O principal objeto de ódio é a roda-gigante, talvez por ela materializar o humor pontuado de episódios de euforia e de depressão do personagem. São 55 minutos para Contreras brilhar como o loser que compartilha com o público seu itinerário de excessos físicos – e de falta de afetos. 

A grande sacada da direção, lapidada desde que o monólogo estreou em 2008, é contrapor uma encenação sutil à atuação mais que visceral – eviscerada – de Contreras. A cama onde o personagem se mortifica está montada na vertical. Luzinhas incandescentes de quermesse se estendem sobre o público, brilhando nos raros momentos de conciliação do personagem. A sonoplastia aporta ranger da roda-gigante e risos infantis em momentos estratégicos, estabelecendo um clima de pesadelo, quase de túnel do terror. A intimidade é facilitada por o público estar acomodado em cadeiras num salão da Galeria La Photo, livre para circular durante a peça. 

Mas o insone segue firme, sorteando anfetaminas para garantir fôlego para mais uma confissão, reclamando que há dias em que as coisas teimam em nos olhar de frente. Assim ele constrói sua empatia com o público – extremado, confessional, pedindo socorro enquanto compartilha suas desventuras desamorosas. 

Vencedora do prêmio de Melhor Dramaturgia no Troféu Açorianos do ano passado, Parque de Diversões não corre o risco de se tornar apenas a crônica de um drogadito. Contreras constrói um personagem ciclotímico, por certo, derrotado desde sempre (ele adora pontuar suas narrativas com um brusco “Acabou!”), impaciente e irascível, mas que desperta empatia pelo reconhecimento de sua sinceridade desarmada, ainda que em grande parte de origem química. 

Talvez um videogame de última geração, talvez um amor sincero, talvez uma drágea branquinha com a listrinha amarela. Talvez a falência do parque de diversões que se instalou ao lado da cama dele. Talvez seja tarde demais, e é – o mundo todo cabe na tela desligada de uma TV de 80 polegadas, instalada no meio da sala do apartamento de alguém que não dorme há mais de um mês. O monólogo dá voz a todos nós, emparedados pela obrigação de girarmos e de fazer girar a máquina. Divertido, não é. Mas saímos confortados pela convicção de que não estamos sozinhos.

*Publicado originalmente no site Agora Crítica Teatral. CLIQUEI AQUI para ler a postagem original.



FICHA TÉCNICA

PARQUE DE DIVERSÕES

Texto e Direção: Diones Camargo e Marcos Contreras

Atuação: Marcos Contreras

Produção: Francisco Ribeiro

Cenografia: Alexandre Navarro Moreira

Iluminação: Thais Andrade
Figurino: O grupo

Trilha sonora original: Pablo Sotomayor

Vídeos do espetáculo: Daniel Laimer

Fotos de cena: Regina Peduzzi Protskof

Participação especial: Elisa Volpatto (em vídeos de Daniel Laimer)

Apoio: Galeria La Photo

Duração: 55min

Recomendação etária: 12 anos

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

"Parque de Diversões" inicia venda de ingressos

Agora é oficial! 

A partir das 10h de hoje foram liberadas as compras de ingressos para todos os espetáculos que fazem parte da grade de programação do Porto Alegre Em Cena - Festival Internacional de Artes Cênicas este ano. Entre eles, o nosso querido (e persistente!) Parque de Diversões, monólogo que está entre os dez selecionados para concorrer ao 12º Prêmio Braskem em Cena. 


Escrito e dirigido por mim em parceria com Marcos Contreras, o espetáculo estreou em março de 2008, e apesar das poucas e curtas temporadas, recebeu inúmeros elogios de público e de crítica, além de 4 indicações ao Prêmio Açorianos de Teatro 2016, de onde saiu com o o prêmio na categoria Melhor Dramaturgia. Ano passado a peça voltou a cartaz após 7 anos de inatividade, desta vez na LA PhOTO Galeria, o mesmo espaço que servirá de palco das novas apresentações deste ano. 

Crédito da foto: Regina Peduzzi Ptroskof

As duas únicas apresentações durante o festival serão dias 17 e 18 de setembro, sempre às 22h. 

  • Para ler a sinopse oficial do espetáculo e conhecer a fícha técnica da equipe, CLIQUE AQUI. 
  • Para conhecer as outras peças indicadas ao Prêmio Braskem Em Cena, CLIQUE AQUI


Crédito da Foto: Regina Peduzzi Protskof


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