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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sobre As Vozes Inaudíveis


"Não tenho mais interesse em participar daquele circo todo, exceto, talvez, quando seus organizadores passarem a destinar algum valor em dinheiro ao vencedor na categoria de dramaturgia, que é um alicerce tão importante quanto a direção e a atuação num espetáculo."

Diones Camargo, em entrevista ao Segundo Caderno do jornal Zero Hora, em 22/05/2012. - LEIA AQUI.



Que os jornalistas são uma espécie de megafones que às vezes tornam audíveis vozes abafadas, isso todos sabemos. Para o bem e para o mal, isso acontece no mundo todo. Agora, que os nossos jornalistas daqui do RS às vezes fazem um trabalho precioso de divulgação não apenas das nossas conquistas na área cultural, mas também das nossos retrocessos e imobilidades, é também outro fato que merece ser lembrado. Profissionais como Vera Pinto e Fábio Prikladnicki, que em 2011 e 2012 escreveram - no Correio e na Zero Hora, respectivamente - perfis e extensas matérias sobre as minhas peças, fato que elevou o interesse do público e dos artistas pelo meu trabalho; Michele Rolim, do JC, que sempre faz questão de divulgar amplamente a estreia de qualquer um dos meus projetos; Renato Mendonça, que várias vezes deu espaço aos espetáculos nos quais trabalhei quando ainda escrevia no Segundo Caderno da ZH. (sem esquecer do saudoso Hélio Barcellos Jr., que uma vez deu cobertura a outra das minhas críticas públicas mais ferozes...) São esses profissionais que, ao servirem de porta-vozes de uma opinião que diverge da maioria, possibilitam que um tipo de protesto silencioso como o que eu fiz neste ano durante a cerimônia de entrega dos Prêmios Açorianos de Teatro 2012, na última sexta, quando me recusei a ir buscar o troféu de Melhor Dramaturgia que ganhei por Os Plagiários - um inventário ficcional sobre Nelson Rodrigues, não passem em brancas nuvens e sejam vistos como simples atos inconsequentes, como muitos pacatos insistem em dizer por aí. São esses profissionais que quase diariamente sublinham e destacam (em suas páginas da mídia impressa) para que os leitores e o grande público tomem conhecimento do que todos nós, artistas, já sabemos: que algumas estão mudando pra melhor, sim, mas que ainda há muitas outras a melhorar. OBRIGADO e continuem fazendo esse trabalho corajoso e relevante ao nosso Estado.

A BAIXO, imagem da capa do caderno ARTE E AGENDA, com matéria escrita por Vera Pinto no jornal Correio do Povo do dia 17 de dezembro de 2012.






sábado, 22 de dezembro de 2012

"Os Plagiários" recebe 3 prêmios, incluindo Melhor Texto




Todo final de ano é a mesma coisa: correria, consumo desenfreado, esperanças renovadas, listas e premiações de melhores do ano, etc. E este ano não foi diferente... Há pouco mais de uma semana a minha peça mais recente, Os Plagiários - uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues, recebeu 3 Prêmios Açorianos de Teatro 2012, em cerimônia que ocorreu na noite de 14 de dezembro.




O espetáculo que estava indicado em 9 categorias, incluindo Melhor Espetáculo e Melhor Direção, acabou levando os prêmios de Melhor Dramaturgia (eu), Melhor Atriz Coadjuvante (Gabriela Greco) e Melhor Figurino (Daniel Lion).




Depois de 6 indicações concorrendo nesta mesma categoria (Melhor Dramaturgia), esta é a primeira vez que levo o prêmio. E apesar da minha opinião a respeito do mesmo (ver texto no final deste post), tenho pra mim que o meu prêmio maior foi ter conseguido desviar da ira de quatro diretores que lutavam para juntos encenarem uma história que por vezes parecia não fazer sentido nenhum, exceto na minha cabeça; de ter entrado num processo com 24 atores e buscado mostrar a cada um deles detalhes e informações que muitas vezes passavam desapercebidos a todos; e, principalmente, ter - durante esses 7 anos de carreira como dramaturgo - trabalhado com alguns dos melhores atores e encenadores que esse Brasil pode se orgulhar de ter. E isso tudo ganhando infinitamente menos que qualquer dramaturgo do centro do país ganha num único arrasa-quarteirão que entra em cartaz por lá! 




Portanto, como me recusei a ir na cerimônia de entrega dos troféus desse ano* e passei a semana ocupado demais com coisas bem mais importantes, não me pronunciei ainda (exceto no meu programa semanal na rádio Mínima.FM, o OverDrama, em que falei algumas palavras) a respeito do Prêmio Açorianos que finalmente recebi, vou fazer isso agora. neste blog: 

Agradeço a algumas pessoas (a maioria delas já mortas): em primeiro lugar e acima de todos, ao meu amigo Nelson Rodrigues que topou generosamente escrever essa peça à quatro mãos comigo e permitiu que eu usasse trechos de sua genial peça Vestido de Noiva no meio desta minha singela cópia; ao Ruy Castro, cuja biografia detalhadíssima me serviu de fonte constante para esta pesquisa; a Carlos Drummond Andrade, Manuel Bandeira, Cacilda Becker e Ziembinski, pelas suas almas gigantescas presentes em cena com todos os outros personagens; aos dramaturgos Samuel Beckett, Tenneessee Williams, Tony Kushner, Luigi Pirandello, Allan Ball, Nikolai Gógol e Diones Camargo (sim, isso mesmo!) pelas inspirações quanto à estrutura de algumas cenas ou falas emprestadas de suas peças e que foram inseridas no meu (agora) premiado texto. Dito isso, dedico esse prêmio a TODOS os dramaturgos de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, PREMIADOS OU NÃO, sem exceção, que acreditam sinceramente nos seus trabalhos e nas peças que escrevem, e que seguem corajosamente, a despeito do pouco incentivo dado pelas instituições públicas ou do reconhecimento da nossa alegre máquina de elogios. 

Falando nela, peço aos críticos desta cidade que sejam mais conscientes das suas responsabilidades ao emitirem opiniões sobre os trabalhos dos artistas e que tomem mais cuidado para não confundir um determinado ator com outro, ou figuras importantes como Cacilda Becker com outras de nome parecido (sim, isso aconteceu por aqui por esses dias...). Obrigado aos jurados que votaram em mim e que REALMENTE gostam do meu trabalho e que viram nesse último algo original e de qualidade que merecia ser destacado. Peço apenas que a CAC -Coordenação de Artes Cênicas de Porto Alegre reavalie a proposta de ser destinado um valor em dinheiro para os prêmios - senão em todas as categorias - ao menos na categoria Melhor Dramaturgia, pela qual eu tanto batalho e me esforço em divulgar. 

Pra encerrar, agradeço a todos os amigos que torceram por mim esses anos todos (mas só os que torceram de verdade, ok?!). Venci pelo cansaço. Não fui buscar o troféu pelo mesmo motivo. 

É só isso o que eu queria dizer. Um feliz fim de mundo pra todos nós e um ótimo novo período que inicia! 

*Não fui a cerimônia receber o troféu por este motivo: já havia criticado publicamente (Para ler a entrevista concedida ao Zero Hora na qual reafirmo essa posição, CLIQUE AQUI) a Coordenação de Artes Cênicas de Porto Alegre pelo fato de não concederem prêmio em dinheiro para a categoria Melhor Dramaturgia (na qual estava indicado e vim a ser premiado), diferente do que acontece com outras áreas, como direção e atuação, por exemplo. Por esse motivo não achei certo ir até lá receber este prêmio já que discordo de tal distinção entre as categorias principais e a dramaturgia. 

Para ler a repercussão da tal crítica junto a um dos membros da Coordenação de Artes Cênicas de Porto Alegre, CLIQUE AQUI.




Enfim, apesar de tudo, espero sinceramente que a dramaturgia comece a se estabelecer com força aqui no RS e que mais autores surjam dia após dia e que sejam cada vez mais reconhecidos por seus trabalhos e esforços.


FELIZ 2013 PRA TODOS VOCÊS!



domingo, 16 de dezembro de 2012

Peça "Teresa e o Aquário" é publicada em Portugal


Ontem, sábado, 15 de dezembro, rolou em Portugal a leitura dramática de Teresa e o Aquário, peça de minha autoria escrita em 2008 e que acaba de ser lançada por lá numa coletânea que reúne textos de 12 dramaturgos de língua portuguesa, durante a MAD'12 - Mostra Anual de DramaturgiaEste foi o lugar onde ocorreu o evento:




suntuoso prédio localizado no Monte da Caverneira chama-se – é claro! – Quinta da Caverneira. A leitura dramática foi dirigida por e trazia no seu elenco ninguém menos que ele, Guy Fawkes (sim, ele mesmo!!!). No elenco ainda trazia nomes consagrados, como o misterioso C. M. (ver lista completa nos links abaixo).  

Onde eu estava na hora da leitura da peça? Ah, certamente por aqui, tentando resolver mal entendidos recentes e fazendo outros entenderem coisas que todo mundo prefere ignorar... 




Mas tá! Não há do que reclamar! Afinal de contas, "receber" um prêmio local (finalmente!) e no dia seguinte ter uma peça lançada no exterior não é sempre que acontece... Só espero que as pessoas não pensem que este foi consequência daquele. Acreditar nisso seria subestimar a minha inteligência e, sobretudo, o meu esforço esses anos todos.!


Obrigado a todos os que torcem por mim e pelo meu trabalho. Até breve!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

OverDrama estreia na Mínima FM


OverDrama - Teatro, cinema, música e tempestade em copo d'água... com açúcar! 



Um programa sobre teatro, cinema e outras linguagens artísticas. Um dramaturgo e uma atriz envoltos em polêmicas rasas e músicas profundas. Opiniões, fatos, notícias, entrevistas e tudo mais que essas mentes criativas são capazes de inventar.

Com Diones Camargo e Sofia Ferreira.


Toda terça, às 18h, na Mínima FM - Reprises aos sábados, às 18h.


OUÇA ON LINE: www.minima.fm 


TWITTER: @OverDrama_fm


ESTREIA DIA 13 DE NOVEMBRO DE 2012, às 18h.


DIONES CAMARGO é dramaturgo e escritor. Cinéfilo desde muito cedo, apaixonado por música, quadrinhos e literatura, seus textos sobre teatro e cinema já foram publicados em jornais, sites e revistas do Estado e algumas de suas peças foram editadas em coletâneas no Brasil e no exterior. Participante frequente de projetos que unem diferentes linguagens artísticas, é autor de obras como Andy/Edie, Parque de Diversões, 9 Mentiras Sobre a Verdade, Teresa e o Aquário, Hotel Fuck e Os Plagiários. Escreve regularmente no blog Normal People | bore me.

SOFIA FERREIRA é atriz, produtora cultural e educadora. Graduou-se no departamento de Arte Dramática da UFRGS e atualmente conclui uma pós-graduação na faculdade de educação, na mesma universidade. Atriz fundadora da vai!ciadeteatro, já estreou mais de doze espetáculos nos seus nove anos de palco. Nas horas vagas brinca de Rainha da Bateria no Bloco da Laje, dá umas pedaladas, gosta de bailar e de voar as tranças com uma mochilas nas costas.



sábado, 10 de novembro de 2012

Feitos da mesma substância de que são feitos os sonhos



O que acontece quando se tem duas peças de grupos diferentes em cartaz num mesmo espaço, em dias alternados (inclusive durante a semana), por duas semanas consecutivas, numa iniciativa totalmente independente? 

Resposta: SESSÕES LOTADAS, INGRESSOS ESGOTADOS, APLAUSOS, MUITOS SORRISOS E ABRAÇOS DOS AMIGOS!



Por isso, gostaria de agradecer a TODOS aqueles que colaboraram de algum modo com esse momento inesquecível do nosso teatro durante as temporadas finais de Os Plagiários e de O MAPA_ - as quais tive o privilégio de escrever e adaptar, respectivamente - nessa "despedida" do Centro Cenotécnico do RS. Obrigado a todos os amigos (e aos desconhecidos também!) que apoiaram os projetos via Catarse.me, a todos os espectadores que lotaram as sessões de ambas as peças e - principalmente - a todos os bravos técnicos e artistas envolvidos na produção e execução dos espetáculos. Vocês, em conjunto, foram demais - além do que se podia esperar!


Sei que o caminho é longo e que ainda temos muito trabalho pela frente, mas pelo menos dessa vez vou poder dormir um pouco mais tranquilo sabendo que, SIM, (apesar de tudo) AINDA TEM MUITA GENTE QUE SE INTERESSA EM VER TEATRO NESSA CIDADE. E O MELHOR DE TUDO: TEATRO FEITO AQUI!


Enfim, obrigado a todos e a cada um! Valeu mesmo, galera!!! Afinal de contas, o nosso trabalho só se concretiza quando estamos juntos de todos vocês.

:D






quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Um passeio pelo deserto dentro do Centro Cenotécnico

E eis que acontece outro daqueles momentos especiais que me deixam orgulhoso de ser quem eu sou e fazer o que eu faço: 



Como alguns devem saber, hoje inicia oficialmente a ocupação de despedida do Centro Cenotécnico, espaço histórico de Porto Alegre que infelizmente será demolido devido às obras da Copa do Mundo que acontecerá em 2014 no "país do carnaval e do futebol". Pois o tal projeto de ocupação irá a
presentar, em dias alternados, duas das minhas peças mais recentes: O MAPA_, elogiada odisseia levada a cabo pelo grupo Teatro Geográfico, e Os Plagiários - Uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues, espetáculo que foi co-dirigido por 4 grandes companhias de teatro da cidade e que teve lotação esgotada em suas 4 únicas sessões no último POA Em Cena. (Pra quem ainda não tava sabendo, a primeira vai rolar durante a semana, e a segunda nos findis, sempre às 21h, até o dia 04 de Novembro... tem várias informações espalhadas aqui neste blog). 




Mas o que eu queria contar mesmo é que ontem, enquanto estava lá no Centro Cenotécnico para acompanhar a função dos ensaios de ambas as peças, com os respectivos elencos e pessoas da produção indo de um lado pro outro na correria e empolgação habituais, aconteceu um momento que dificilmente irá se repetir na minha carreira como dramaturgo: pois eu, já exausto por estar desde manhã entre aulas que tive, aulas que ministrei, visitas à casa de amigos e outras voltas necessárias, enfim desabei na cama que faz parte do cenário do quarto de hotel onde Port e Kit, personagens de O MAPA_, ficam hospedados no início da sua melancólica viagem pelo norte da África. Enquanto estou lá, meio dormindo, meio sonhando, ouço a música de "Os Plagiários" ecoando naquele recinto cuidadosamente mobiliado. Um pouco confuso, abro então os olhos e naqueles breves segundos em que tento reconhecer o lugar onde estou me percebo parte das duas coisas e de uma maior ainda: dessa vida no Teatro - uma vida que só acontece porque tem muita gente apaixonada fazendo isso junto com a gente. Pois é nesses momentos, quando se está completamente solitário (mas nunca sozinho) num quarto de hotel no Tânger e ouvindo uma música brasileira que invade o ambiente é que percebo a potência da experiência que só o Teatro possibilita a quem, assim como eu, se dedica a escrever para esse lugar - que não é apenas um prédio que um dia pode ser colocado abaixo quando bem entenderem os governantes, mas uma ideia de possibilidade e permanência. E aí então é que tenho a certeza íntima que pretendo fazer isso até o final da vida, seja esse fim no meio do deserto ou num estádio lotado.


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

"Os Plagiários" e "O MAPA_" fazem as últimas temporadas







AGENDE-SE:


Dias 24, 25, 3O, 31/10 e 01/11 -


O espetáculo O MAPA_ Voluntários 1370 inicia sua última temporada nesta quarta-feira, às 21h, no Centro Cenotécnico (Voluntários da Pátria, 1.370, na Capital). A peça traz a história do casal Kit e Port Moresby, que viaja pela África para descobrir novos lugares e também buscar o autoconhecimento. A montagem começa dentro de um ônibus e finaliza no palco do Centro Cenotécnico. As apresentações ocorrem sempre nas terças, quartas e quintas-feiras, às 21h, até dia 1 de novembro. Os ingressos custam R$ 20, com 50% de desconto para idosos, estudantes e classe artística. Os bilhetes podem ser adquiridos no local de saída do ônibus, no Largo Zumbi dos Palmares (Travessa do Carmo 84), a partir das 20h.

Para saber mais sobre a temporada de O MAPA_CLIQUE AQUI.



Dias 26, 27, 28/10 e 02, 03 e 04/11


O espetáculo Os Plagiários - uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues estreou durante o Porto Alegre em Cena, no Centro Cenotécnico. A peça integrou o projeto Conexão Braskem em Cena, e foi a primeira montagem produzida pelo festival de artes cênicas de Porto Alegre. Diones Camargo foi especialmente convidado para escrever o texto e o elenco, selecionado através de audições, teve oficinas preparatórias e ensaios desde março deste ano. A peça foi dirigida a quatro mãos por Marcelo Restori, Guadalupe Casal, Mario de Balenti e Jezebel de Carli, respectivamente diretores dos grupos Falos&Stercus, Teatro Sarcáustico, Cia. Caixa do Elefante e Santa Estação Companhia de Teatro. 

 A peça é ambientada em quatro tempos distintos: no presente imediato, um homem é atropelado; enquanto isso, um repórter vai à procura do dramaturgo Nelson Rodrigues para uma entrevista a respeito da primeira montagem de seu texto mais famoso quando é surpreendido com a notícia da morte do polêmico escritor; num período indefinido, um grupo de teatro representa uma peça que vai mudando conforme o andamento dos ensaios. Por fim, a trama chega em 1942, quando após uma inexpressiva estreia como autor teatral, o jovem Nelson Rodrigues divide-se entre a redação do jornal em que trabalha e as madrugadas insones a fim de concluir a sua nova e mais ambiciosa obra – um drama psicológico sobre uma mulher que mistura fatos, memórias e alucinações, enquanto agoniza numa mesa de operação; Ao mesmo tempo, um reconhecido diretor polonês, Zbigniew Ziembinski, desembarca no Brasil, fugindo da guerra que assola a Europa. Sem conhecer nada da língua e dos costumes locais, ele agora não passa de mais um entre os muitos rostos que circulam pela então capital federal da República, tão incógnito quanto os integrantes do grupo que se intitula “Os Comediantes”. Formado por atores amadores provenientes das mais diversas áreas e classes sociais, os atores esperam o momento em que as cortinas dos teatros profissionais finalmente se abrirão frente aos seus olhos. Em meio a esta confusão de vozes e estilhaços de memórias, o público presenciará um desfile de personagens e acontecimentos que se embaralham na mente do atônito repórter. 


Valendo-se da mesma estrutura utilizada pelo genial e controverso "anjo pornográfico” para compor sua obra-prima, ”Vestido de noiva” – a alternância entre planos temporais distintos e o entrelaçamento de ficção e realidade –, esta é uma recriação para os palcos sobre o nascimento da montagem que revolucionou o moderno teatro brasileiro, e que gravou o nome dos seus protagonistas no muro de mármore da história da arte mundial. 

26, 27 e 28 de outubro, 21h 

2, 3 e 4 de novembro, 21h 

Centro Cenotécnico do RS – Av. Voluntários da Pátria, 1370 – Bairro Navegantes 

Ingressos: R$ 20,00 / R$ 10,00 (classe artística, estudantes e maiores de 60 anos). Antecipados na Casa de Teatro e Salão The Cut


Ficha técnica: Direção: Guadalupe Casal, Jezebel de Carli, Mário de Balenti e Marcelo Restori Texto: Diones Camargo Coreografia: Larissa Sanguiné Colaboração cênica: Carolina Garcia Elenco: Ana Luiza Bergmann, Bia Noy, Carla Cassapo, Cris Bocchi, Camila Vergara, Carol Martins, Elison Couto, Filippi Mazutti, Fredericco Restori, Frederico Vittola, Gabriela Greco, Larissa Sanguiné, Nátali Caterina Karro, Pedro Nambuco, Rafael Becker, Ricardo Zigomático, Viviana Schames e Valquiria Cardoso Figurino e cenografia: Daniel Lion Trilha sonora: Arthur de Faria Preparação de voz: Francis Padilha Iluminação: Daniel Fetter e Fabricio Simões Técnico de som: Zé Derly e Veridiana Matias Fotos: Regina Protskof e Elison Couto Apoio: Salão The Cut, Cia. Stravaganza, Filipe Severo Videojornalismo Parceria: Cia. Caixa de Elefante, Cia. Santa Estação, Grupo Falos&Stercus e Teatro Sarcáustico e IACEN Produção: Bia Noy, Carla Cassapo e Nátali Caterina Karro. 

Duração: 1h20min 

 Para saber mais sobre a temporada de OS PLAGIÁRIOSCLIQUE AQUI.

sábado, 1 de setembro de 2012

"Os Plagiários" terá sessão extra no 19º POA Em Cena




ATENÇÃO!

É com grade satisfação que informamos que devido à imensa procura por ingressos para a estreia nacional do espetáculo Os Plagiários - Uma Adulteração Ficcional Sobre Nelson Rodrigues, cujas vendas esgotaram rapidamente e estavam indisponíveis desde o início da semana, a organização do 19º Porto Alegre Em Cena e a equipe da peça decidiram fazer uma sessão extra do espetáculo com entrada franca e num horário alternativo. Segue, abaixo, o comunicado da assessoria de imprensa do festival: 

"Os Plagiários - uma adulteração ficcional sobre Nelson Rodrigues, montagem produzida pelo Porto Alegre em Cena com texto de Diones Camargo, terá uma sessão extra, com entrada franca (mediante retirada de senhas no local), no dia 06 de SETEMBRO
, meia-noite. A peça, dirigida por Marcelo Restori, Guadalupe Casal, Jezebel de Carli e Mario de Balenti foi especialmente montada em homenagem a Nelson Rodrigues e é a primeira produção do Poa Em Cena. 
Que venham muitas outras."


Os Plagiários: Uma Adulteração Ficcional Sobre Nelson Rodrigues é ambientado em quatro tempos distintos: no presente imediato, um homem é atropelado; enquanto isso, um repórter vai à procura do dramaturgo Nelson Rodrigues para uma entrevista a respeito da primeira montagem de seu texto mais famoso quando é surpreendido com a notícia da morte do polêmico escritor; num período indefinido, um grupo de teatro representa uma peça que vai mudando conforme o andamento dos ensaios; por fim, chegamos em 1942, quando após uma inexpressiva estreia como autor teatral o jovem Nelson Rodrigues divide-se entre a redação do jornal em que trabalha e as madrugadas insones a fim de concluir a sua nova e mais ambiciosa obra – um drama psicológico sobre uma mulher que mistura fatos, memórias e alucinações, enquanto agoniza numa mesa de operação; ao mesmo tempo, um reconhecido diretor polonês, Zbigniew Ziembinski, desembarca no Brasil, fugindo da guerra que assola a Europa. Sem conhecer nada da língua e dos costumes locais, ele agora não passa de mais um entre os muitos rostos que circulam pela então capital federal da República. Tão incógnito quanto os integrantes do grupo que se intitula Os Comediantes. Formado por atores amadores provenientes das mais diversas áreas e classes sociais, eles esperam o momento em que as cortinas dos teatros profissionais finalmente se abrirão frente aos seus olhos. 

Em meio a esta confusão de vozes e estilhaços de memórias, o público presenciará um desfile de personagens e acontecimentos que se embaralham na mente do atônito repórter. Valendo-se da mesma estrutura utilizada pelo genial e controverso "anjo pornográfico” para compor sua obra-prima, “Vestido de Noiva” – a alternância entre planos temporais distintos e o entrelaçamento de ficção e realidade –, esta é uma recriação para os palcos sobre o nascimento da montagem que revolucionou o moderno teatro brasileiro, e que gravou o nome dos seus protagonistas no muro de mármore da história da arte mundial. 

Dias 05,06 e 07 de Setembro, sempre às 21h. Sessão extra, dia 06/09 (Quinta), às 23h59. 

Ingressos: http://www.ingressorapido.com.br/evento.aspx?ID=23028


Ficha técnica:

Texto: Diones Camargo

Direção: Guadalupe Casal, Jezebel De Carli, Mário de Balenti e Marcelo Restori

Coreografia: Larissa Sanguiné
Colaboração cênica: Carolina Garcia

Elenco: Alice Maria Paiva, Ana Luiza Bergmann, Anna Júlia Amaral, Bia Noy, Carla Cassapo, Cris Bocchi, Camila Vergara, Carol Martins, Elison Couto, Filippi Mazutti, Fredericco Restori, Frederico Vittola, Gabriela Greco, Jaime Ratinecas, Lívia Perrone, Manuela Albrecht, Nátali Caterina Karro, Pedro Nambuco, Roberta Alfaya, Raissa Panattieri, Rafael Becker, Thaiane Estauber, Viviana Schames e Valquiria Cardoso

Figurino e Cenografia: Daniel Lion

Trilha sonora: Arthur De Faria
Preparação de voz: Francis Padilha
Iluminação: Daniel Fetter e Fabricio Simões
Técnico de Som: Zé Derly
Fotos: Regina Peduzzi Prostskof
Produção Executiva: Luana Pasquimell


Realização: Porto Alegre Em Cena

   

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os Plagiários - Uma Adulteração Ficcional Sobre Nelson Rodrigues




O Conexão Braskem Em Cena – formação, intercâmbio e montagem reuniu os quatro grupos premiados com o Prêmio Braskem 2011 - Teatro Sarcáustico, Companhia Santa Estação, Cia. Caixa do Elefante e Falos & Stercus - num projeto inédito. A ideia era que, juntos, idealizassem e encenassem um espetáculo em homenagem a Nelson Rodrigues durante o Porto Alegre Em Cena. Diones Camargo foi o dramaturgo escolhido para escrever o texto e os grupos selecionaram o elenco e deram início a esta inédita direção coletiva. O resultado será conferido na 19ª edição do festival, no Centro Cenotécnico.

Os Plagiários: Uma Adulteração Ficcional Sobre Nelson Rodrigues é ambientado em quatro tempos distintos: no presente imediato, um homem é atropelado; enquanto isso, um repórter vai à procura do dramaturgo Nelson Rodrigues para uma entrevista a respeito da primeira montagem de seu texto mais famoso quando é surpreendido com a notícia da morte do polêmico escritor. Num período indefinido, um grupo de teatro representa uma peça que vai mudando conforme o andamento dos ensaios. Por fim, chegamos em 1942, quando após uma inexpressiva estreia como autor teatral o jovem Nelson Rodrigues divide-se entre a redação do jornal em que trabalha e as madrugadas insones a fim de concluir a sua nova e mais ambiciosa obra – um drama psicológico sobre uma mulher que mistura fatos, memórias e alucinações, enquanto agoniza numa mesa de operação. Ao mesmo tempo, um reconhecido diretor polonês, Zbigniew Ziembinski, desembarca no Brasil, fugindo da guerra que assola a Europa. Sem conhecer nada da língua e dos costumes locais, ele agora não passa de mais um entre os muitos rostos que circulam pela então capital federal da República. Tão incógnito quanto os integrantes do grupo que se intitula Os Comediantes. Formado por atores amadores provenientes das mais diversas áreas e classes sociais, eles esperam o momento em que as cortinas dos teatros profissionais finalmente se abrirão frente aos seus olhos. 

Em meio a esta confusão de vozes e estilhaços de memórias, o público presenciará um desfile de personagens e acontecimentos que se embaralham na mente do atônito repórter. Valendo-se da mesma estrutura utilizada pelo genial e controverso "anjo pornográfico” para compor sua obra-prima, “Vestido de Noiva” – a alternância entre planos temporais distintos e o entrelaçamento de ficção e realidade –, esta é uma recriação para os palcos sobre o nascimento da montagem que revolucionou o moderno teatro brasileiro, e que gravou o nome dos seus protagonistas no muro de mármore da história da arte mundial. 

Dias 05,06 e 07 de Setembro, sempre às 21h. 

Ingressos: http://www.ingressorapido.com.br/evento.aspx?ID=23028


Ficha técnica:

Texto: Diones Camargo

Direção: Guadalupe Casal, Jezebel De Carli, Mário de Balenti e Marcelo Restori

Coreografia: Larissa Sanguiné
Colaboração cênica: Carolina Garcia

Elenco: Alice Maria Paiva, Ana Luiza Bergmann, Anna Júlia Amaral, Bia Noy, Carla Cassapo, Cris Bocchi, Camila Vergara, Carol Martins, Elison Couto, Filippi Mazutti, Fredericco Restori, Frederico Vittola, Gabriela Greco, Jaime Ratinecas, Lívia Perrone, Manuela Albrecht, Nátali Caterina Karro, Pedro Nambuco, Roberta Alfaya, Raissa Panattieri, Rafael Becker, Thaiane Estauber, Viviana Schames e Valquiria Cardoso

Figurino e Cenografia: Daniel Lion

Trilha sonora: Arthur De Faria
Preparação de voz: Francis Padilha
Iluminação: Daniel Fetter e Fabricio Simões
Técnico de Som: Zé Derly
Fotos: Regina Peduzzi Prostskof
Produção Executiva: Luana Pasquimell

Realização: Porto Alegre Em Cena

domingo, 8 de julho de 2012

Último dia da mostra IMPÉRIO DA FELICIDADE ETERNA



IMPÉRIO DA FELICIDADE ETERNA
Martin Heuser & Diones Camargo
LA PHOTO - Galeria e Espaço Cultural
Até 08 de Julho de 2012, às 19h.
Travessa da Paz, 44, Porto Alegre
(+55 51) 3221 6730 / 9755 8191
galerialaphoto@gmail.com

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bate-papo com os artistas de Império da Felicidade Eterna




IN VINO VERITAS!

A Galeria La Photo tem o prazer de convidá-lo para uma conversa com os criadores da mostra IMPÉRIO DA FELICIDADE ETERNA, atualmente em cartaz no espaço. Num bate-papo informal regado a vinho e outros acompanhamentos, o artista Martin Heuser e o escritor Diones Camargo falarão sobre as peças atualmente expostas na galeria.

Além disso, a dupla comentará com detalhes o polêmico "Meat Face", vídeo censurado e retirado pouco antes da abertura da exposição, abrindo espaço para o debate acerca da autonomia da arte, sua relevância no âmbito estritamente individual e pessoal, e sua utilização fora de um contexto específico. Para encerrar, Diones Camargo apresentará dois textos inéditos que não foram expostos inicialmente na galeria, mas que farão parte da coleção.


Mas atenção: este evento ocorrerá somente nesta SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO, a partir das 19h, em SESSÃO ÚNICA! Portanto, visite sua adega favorita, traga a sua garrafa de vinho especial e venha degustar conosco este maravilhoso império de delícias enlatadas e carnes suculentas, e se aquecer sob a acolhedora chuva dourada.


ENTRADA FRANCA


❚ ❚ ❚ ❚ ❚
❚ ❚ ❚ ❚ ❚

LA PhOTO - Galeria e Espaço Cultural
Até 8 de Julho de 2012.
de terça a sexta, das 13h às 19h.
sábados, das 11h às 15h
Travessa da Paz, 44, Porto Alegre
(+55 51) 3221 6730 / 9755 8191




terça-feira, 26 de junho de 2012

IMPÉRIO DA FELICIDADE ETERNA / últimas semanas



IMPÉRIO DA FELICIDADE ETERNA
Martin Heuser & Diones Camargo
LA PHOTO - Galeria e Espaço Cultural
de 12 de junho a 08 de Julho de 2012.
Terça a Sexta, das 13h às 19h. Sábados das 11h às 15h
Travessa da Paz, 44, Porto Alegre
(+55 51) 3221 6730 / 9755 8191
galerialaphoto@gmail.com





Para ver o vídeo com imagens da noite de abertura da exposição, CLIQUE AQUI.


A mostra “Império da Felicidade Eterna” apresenta ao público brasileiro o instigante trabalho do artista Martin Heuser, cujas obras frequentemente tratam da obsessão abusiva do aparato midiáticos através da exposição e submissão dos indivíduos explorados pela sociedade de consumo, na qual diversos níveis de perversão se compactuam e se harmonizam. A mostra, que reúne fotos e vídeos já exibidos em países como Suécia, Canadá, Espanha e Itália, ocupa agora o espaço da galeria La Photo, em Porto Alegre, ao lado de trabalhos inéditos realizados em parceria com o premiado escritor e dramaturgo Diones Camargo, frequente colaborador em experimentos performáticos que mesclam seus textos às artes visuais, tais como Teresa e o Aquário, Andy/Edie e Experimento ÓRFÃO (O Tempo Sem Ponteiros). Aliando imagens cotidianas à palavras cortantes, seu trabalho baseia-se na violência desencadeada num corpo que – ao ter seu discurso sufocado ou ignorado por um interlocutor ausente – irrompe numa onda de ódio contra si próprio. Nessa exposição, os trabalhos de ambos os artistas se complementam para formar uma sombria atmosfera de distopia e violência, que se manifestam de formas inusitadas e por vezes cômicas.







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